sábado, 3 de setembro de 2016




                             Crônica de uma alma agonizante



Era tarde, quando olhou pela janela as luzes acesas da vizinhança. Poderia jurar ter visto entre muitos passantes, um ser em especial, alguém diferente de todos os outros: seria um extraterrestre? Ou seja, a vida anda meio monótona, sem emoção, talvez faltando um quê de certo glamour ou loucura a dominar a mente dos mais ousados. Quem poderia jurar que aquela alma angustiada escondia segredos sombrios...
Ela era "normal", se é que existe alguém assim! Todos nós somos um pouco loucos, ou não? Ela vagava pelas cenas imaginárias de sua obscura existência, sem saber o que dizer na mais pura essência, o que sentia. Seus dias eram iguais, fazia o que era certo, ou seja, era como todos os demais seres sem emoção à flor da pele. Poderia jurar que viu algo que a abalou e mudou sua maneira de enxergar o mundo para sempre!
 Quem era, que rosto emoldurado pela sombra da noite inflada de névoa úmida, seus passos pareciam de alguém enérgico em procurar o saciamento de seus mais incógnitos desejos.

Continua...